Anatel iniciou uma campanha contra a pirataria em fevereiro deste ano, ao anunciar que bloquearia sinais ilegais.
No início deste ano, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) lançou uma ofensiva contra os IPTVs ilegais. Os populares “gatonets” são dispositivos piratas que permitem aos usuários acessar conteúdos audiovisuais de forma ilegal. Nesta segunda-feira (07), o vice-presidente da Anatel, Moisés Moreira, apresentou dados recentes sobre os resultados das ações contra a pirataria no evento Set Expo, que incluem o bloqueio de sinais clandestinos, inclusive em cabos submarinos.
Ações da Anatel
Moisés Moreira revelou que a Anatel tem parceria com 184 empresas para bloquear os sinais clandestinos. Essa rede inclui desde empresas que fornecem serviços diretos aos clientes finais, como Claro, Oi e Vivo, até aquelas responsáveis pelos cabos submarinos de conexão internacional.
Em outras palavras, a agência está atuando desde as empresas provedoras de internet até as responsáveis pela infraestrutura de conexão.
Moreira também afirmou que 80% dos assinantes de banda larga fixa no Brasil são clientes das empresas parceiras no plano de combate à pirataria.
Além disso, o vice-presidente mencionou que a Receita Federal apreendeu 1,44 milhão de dispositivos de TV clandestinos destinados ao mercado nacional, resultando em um prejuízo de R$ 400,8 milhões.
Funcionamento do bloqueio
Os dispositivos que permitem acesso gratuito a canais de TV a cabo ou streaming são alvos principais dessa pirataria.
Na prática, o esquema ilegal consiste em interceptar os sinais de TV a cabo ou streaming no Brasil e enviá-los para servidores internacionais. Os aparelhos vendidos no mercado nacional se conectam a esses servidores no exterior, onde o acesso já está liberado.
Ao bloquear o sinal clandestino, inclusive nos cabos submarinos, a Anatel impede que o serviço continue a entrar no país.
Relembrando a campanha contra a pirataria
Em fevereiro deste ano, a Anatel começou a bloquear remotamente as “caixinhas” de TV ilegais por meio de endereços IP. Segundo o vice-presidente da empresa, 743 endereços IP já foram derrubados.
Além disso, no início do ano, a Anatel se uniu à Agência Nacional do Cinema (Ancine) para criar um laboratório dedicado exclusivamente ao bloqueio de conteúdos retransmitidos ao vivo. A instalação deve ser concluída até novembro.
fonte: olhardigital.com.br